Seções
- Principal
- Entrevistas
- CDs Gothic Dark
- CDs Folk
- CDs Darkwave
- CDs Rock Horror
- CDs Brazil Dark
- DVDs
- Filmes
- Livros
- HQ's
- Eventos
- Agenda
- Projeto
- Terror
- Links
- Contatos
Gothic Rock
Dark Rock
Gothic Metal
Folk
Dark Folk
Neo Folk

Darkwave
Ambient
EBM / Synth
Rock Horror
Punk Horror
Psycho
Brazilian
Dark Bands
Old Reviews
Resenhas Antigas
anterior I 1 I 2 I 3 I 4 I próxima

ALIEN SEX FIEND R.I.P.
A 12" Singles Collection
Cherry Red – imp.
Esta é uma coletânea de singles, faixas raras, unreleased tracks, mixes, remixes, lados B de singles e discos, e várias esquisitices do esquisitão Alien Sex Fiend.  Estes singles datam de 1983 a 1995. O trabalho de coletagem foi exaustivo, para trazer com muita dedicação e carinho este compilado aos seus fãs. Realmente, um trabalho indicado apenas para fãs die hard do grupo, pois as músicas deixam mais estranha ainda sua música que é pra lá de estranha. Há faixas extremamente dançantes, enquanto outras são mais reflexivas, para se ouvir num quarto sozinho e no escuro. O psicodelismo, psicosismo, industrialismo, Noise, Garage, barulho e aura Dark prevalece! Estas faixas são da fase da gravadora Anagram, cujo grupo fez seu maior sucesso e adentrava as MTV’s e rádios do mundo, ainda que de forma pestilenta, subversiva e Underground. O pacote vem com um livreto com toda a discografia, capas de discos e uma boa biografia. Se faltava algum disco, era este! Ainda, mostra a versão dada por todos integrantes da banda para todos os 17 singles da banda! Como muitos grupos Góticos e Batcave’s como ASF, e na época do vinil, onde existiam muitos singles (chamados no Brasil de compactos), o grupo, a exemplo do Sister Of Mercy, tem mais singles (compactos) lançados do que discos cheios. Até grupos como Rolling Stones tiverem sucessos antes só encontrados em singles, nunca antes lançados em discos cheios (só posteriormente em coletâneas). Impossível citar destaques, já que além de coletânea, ela é de faixas raras, remixes e etc. O disco que faltava para sua discografia, e que venham mais inéditos de estúdio! São 28 faixas de paranormalidade e anormalidade! AD – 9,0

Disc 1
Ignore The Machine (Electrode Mix)  
Under The Thunder (Ignore The Dub) 
Lips Can't Go (Toytown Mix)  
30 Second Coma
R.I.P. (Blue Crumb Truck)  
New Christian Music 
Dead And Buried  (12" version)
Attack!!!  
E.S. T (Trip To The Moon) 11" version 
I'm Doing Time In a Maximum Security Twilight Home (Football Mix)  
In And Out Of My Mind 
I Walk the Line 
School's Out (Completely) 
Smells Like... (Shit Mix)  

Disc 2
Hurricane Fighter Plane
It Lives Again
The Impossible Mission (Mix 2)
My Brain Is In The Cupboard Above The Kitchen Sink
Here Cum Germs (Ravi Mix 1)
Camel-Camel
Stuff The Turkey
Bun-Ho! (Cranium Mix)
Satisfaction
Haunted House (Dub Mix)
Now I'm Feeling Zombiefied
B.I.M
Magic
Inferno (Off The Scale Mix)

NIKOLAEVKA
V/A

Palace Of Worms – imp.
A Batalha de Nikolaevka foi travada em 26 de janeiro de 1943 como pequena parte da maior Batalha de Stalingrado. A batalha reuniu forças do italiano 8º Armys Alpini Corpo contra os quatro exércitos da ex-União Soviética. Os soviéticos já tinham ocupado todas as aldeias e amargas batalhas foram travadas pelos soldados da Tridentina para limpar o caminho. Em quinze dias os soldados cobertos 200 km a pé, lutaram 22 batalhas com temperaturas durante a noite caiu -30 ° C e -40 ° C. um pouquinho do que é essa palavra, uma das mais sangrentas batalhas da segunda guerra mundial. Esta coletânea é feita pelo selo italiano Palace Of Worms, com bandas italianas de todos os estilos obscuros dentro do Dark e Gótico. Esta compilação traz marchas e hinos do exército Italiano desta batalha, em versões Dark Ambient, Etereal, e outros estilos conhecidos como Apocalyptic Neofolk e Martial. Aliás, abundam pelo mundo bandas Dark’s deste estilo Martial resgatam hinos e músicas de guerra dentro da ambientação do Ambient (sem ser redundante). É engraçado, mas em tempos de paz na Europa e união de seus países, os ranços de guerras passadas foram superados e hoje são anais da história apenas. E eles relembram aqueles tempos com estas músicas, que para os brasileiros mais incultos, soam incompreensíveis. Muitos dirão: que graça tem regravar músicas de guerras? Mas na Europa tem se cultuado. Apenas a se tomar cuidado para que novos grupos não insurjam perturbando a paz perene de outrora. Enquanto pesquisa histórica ou apenas exaltar orgulho de seu povo está ok! Impossível, mas impossível mesmo citar destaques, pelo nível alto das bandas e músicas (estamos apenas nos atendo ao lado musical apenas, sem adentrar dentro da história de cada faixa) e também, que ouvir pedaços aqui é a mesma coisa que pegar um filme dessa mesma guerra no final ou no meio, você não vai entender nada. Caso queira aumentar um pouco sua cultura e entender porque algumas coisas aconteceram e ainda acontecem até hoje, bom proveito! Também aproveite e viaje e dance bastante também! PR – 9,0

Track list:
1-Albireon - Il deserto dei tartari
2-All My Faith Lost - Icy Dawns
3-Rose Rovine e Amanti - Noi ritorneremo
4-Der Feuerkreiner - Der Morgen
5-L'Effet C'Est Moi - Bellica virtus in Itinere
6-Das Lange Messer - Lie's hour
7-Sala delle Colonne - Un'Impresa di Valore
8-Hexperos - The Warm Whisper of the Wind
9-Lia Fail - In This Square (Night Version)
10-The Green Man - The Joys and Toils of Warfare Under Tempestuous Reign of Archidamus II
11-The Well of Sadness - Like Before
12-Calle della Morte - Cartoline dall'Inferno
13-The Growing Crystals Lab - Death of a dark angel.
14-Symbiosis - Il Trionfo della Caducita'
15-At The Funeral Of My Violet Rabbit - Bird Of Ill Omen
16-Gregorio Bardini - Hic Manebimus Optime!
17-Si Vis Pacem Para Bellum - Un Impero di Pace!
18-Sir Logla feat. Coro Dell'Innominato - Bombardano Cortina

SECOND SKIN
Illa Exuro In Silentium
Palace Of Worms – imp.
Illa Exuro Em Silentium é o quarto comprimento da banda. Embora esta banda é essencialmente no domínio da escrita de compilações e trilhas sonoras de filmes, eles também são uma banda propriamente dita. Illa Exuro Em Silentium tem sido apresentado como um Gótico ocidental e isso é algo surrealista como definição. Eu não sei exatamente o que eu tenho a figura de um tal rótulo, ouvindo um som lembrando a boa Old New Wave Cold Rock Post Punk da década de 80. Algumas guitarras à Sisters Of Mercy pairam sobre este álbum, que será definitivamente a favor para alguns nostálgicos. A maioria das canções continua calma enquanto algumas músicas não contêm muito vocal, meio que se fossem trilhas sonoras, habitue da banda. Eu gosto de algumas das linhas de baixo, Blood And Glass (The Impact) certeza é uma referência aqui. Vai com certeza evocar algumas boas novas memórias no gênero aqui. Como curiosidade, eles tocaram no tributo à David Bowie organizado pelo selo Cleopatra Records além de tributos à The Cure e The Mission. E essas coisas não chegam no Brasil, nem conhecimento disto nós temos! A banda foi buscar a mão do diretor Pearry Teo para trabalhar em um filme baseado em um script pelo falecido Jim Morrison dos Doors, e a banda se reuniu com a lenda do Rock, Ray Manzerak, tecladista do The Doors. Segundo o próprio "Isto é exatamente o tipo de banda que Jim teve descrito no seu script, Dark, moderna. É uma banda que na minha opinião não deve soar como uma cópia de alguma outra banda fazendo Dark Gótico. Enfim, quer recomendação maior do que esta?
PR – 8,5

Track list:
She Burns
The West
Kick And Scream
The Narcissist
London Bridges
Blood And Glass (The Impact)
A Methunderstanding
Black Picket Fence
Unwritten
Prince Harming
Birthday Girl

THE CURE
4:13 Dream
Arsenal – nac.
4:13 Dream é o 13º da carreira da banda e mais uma vez, temos um disco de alto nível. Embora diversificado, passando por todas as fases da carreira do grupo, ele lembra muito High. Os críticos da mídia especializada já estão descendo o pau no disco, mas se vires estas críticas, as ignore. Esse pessoal é paga pau de bandas fracas, que depois passam vexame em festivais e na TV fazendo playback, como Bloc Party. Underneath The Stars abre bem mórbida ao estilo antigo da banda, enquanto The Only One, é mais Pop, mais fácil e “alegrinha”, lembrando algo de High. Em The Reasons Why é daqueles mais dançantes, das mais acessíveis também, com um vocal bem “cantarolado” de Robert Smith. Freakshow tem um swing, poucas vezes visto e ouvido na música do Cure, com refrão bem Pop. Sirensong é uma das que menos se destaca. Já The Real Snow White lembra o Cure mais clássico e mais Gótico, embora não haja neste disco músicas ‘barra pesada”, daqueles Góticos bem deprê, que também era uma das características do grupo. Talvez a um pouco mais assim seja,The Hungry Ghost, ainda que irresistivelmente Pop (sim, pois o lado mais “Pop” do The Cure é uma delícia!). Switch é mais “Progressiva”, enquanto The Perfect Boy é “legalzinha”. Já This. Here And Now. With You é mais cemiterial, mais moribunda, para saudar seus fãs desta era. E Sleep When I’m Dead é o oposto, feita para se dançar. É esse contraponto o lado forte deste álbum, pois além de passar pro quase todas as fases do Cure, é bem diversificado e alternado o estilo de suas composições no track list. The Scream é outra mais mórbida e It’s Over encerra num quase Punk Rock, bem Post Punk do começo de sua carreira. 4:13 Dream é um disco a orgulhar a sua carreira, sem dúvida! AD – 9,0

Faixas:
01. Underneath The Stars
02. The Only One
03. The Reasons Why
04. Freakshow
05. Sirensong
06. The Real Snow White
07. The Hungry Ghost
08. Switch
09. The Perfect Boy
10. This. Here And Now. With You
11. Sleep When I’m Dead
12. The Scream
13. It’s Over

CREMATORY
Pray
Free Mind – nac.
Bem, o Crematory passou por muitas mudanças ao longo dos anos, chegando a pausar suas atividade e retorno em seguida. Eles começaram fazendo um saudável e respeitoso Doom DEath que com o passar do tempo, foi ficando cada vez mais Gótico, mais Gótico e mais Gótico. Aí, entraram naquela onda européia do final dos anos 90 do qual muitas bandas quiseram virar Industrial, como Samael e Covenant fizeram. Não deu certo. Eles se revoltaram, acharam que não estavam tendo o devido retorno e ainda não conseguiam se sustentar apenas da banda, então encerraram as atividades. Mas numa atitude das mais felizes, retornaram suas atividades, mas deixando claro que a banda não era mais o principal, já que todos voltaram aos seus empregos correntes, ou tiveram novos ou ainda, mantiveram nos quais já estavam. E nessa fase em que a banda se tornou “hobby” se deram bem, já que não tinham mais a pressão do mercado, da gravadora e da cena toda de se tornarem comerciais. Agora, poderiam tocar “apenas” aquilo que quisessem. Até o logo antigo, re-estilizado, retornou! Aqui em Pray, eles voltam com a sonoridade do final dos anos 90, aquela mais Gótica, com algo Doom, se no entanto, trazer nada de Industrial (ainda bem!). When Darkness Fall abre bem Doom, lenta, cadenciada, melodia bem melancólica, já Left The Ground relembra aqueles momentos agradáveis bem Góticos, bem tipicamente alemães. Alternando vozes limpas graves com urros guturais tradicionais, com teclados ao fundo como fossem “ventos” lembrando bandas finlandesas como HIM e The 69 Eyes (nestes teclados em específico, pois o Crematory tem seu estilo próprio). Alone e outra mais lenta, pesada, climática e “das antigas” da banda, mais Doom e até algo Death, enquanto a faixa-título é mais Gothic Metal ao estilo da banda, ate´algo dançante, contagiante, e com os dois vocais, os urrados do gordão Felix Gerhard Stass com os limpos e angustiantes de Matthias Hechler, também guitarrista. Completam o time Harald Heine (baixo), Markus Jüllich (bateria) e Katrin Goger (teclados). O Doom volta com Sleeping Solution, que tem uma letra mais Doom ainda! Parece que eles quiserem dosar os dois estilos dos quais a banda fez sucesso: o Doom Gótico e o Gothic Metal. Just Words são apenas palavras mesmo, com um piano de fundo, são entoadas como um poema. Em Burning Bridge, a coisa beira o Death Metal Melódico, com clima soturno e vocais limpos, alternando com os urros de Felix no refrão e nas partes principais, é a mais “alegrinha”. Em Have You Ever, parece que você está na Inglaterra no começo dos anos 90, no meio de tantas bandas Doom fazendo uma sonoridade mórbida quanto contagiante (e de todas aquelas bandas tradicionais do estilo), com guitarras atmosféricas. Matadora! Talvez, a faixa mais pesada do disco. Já Remember traz aqueles irritantes barulhinhos Industriais, desnecessários. Pra que isso, se tava indo tão bem? Além de efeitos nos vocais. O pessoal das bandas gravadoras tem que entender de uma vez por todas que, esse pessoal de “pista” só “usa” a música para dançar e de forma descartável. Antes, eles dançavam com Crematory e tantas outros. Hoje, eles dançam com qualquer outra coisa da moda. Encerrando, a viajante e “on the Road” Say Goodbye, que começa bem Folk depois descamba para um Death Gothic. Tirando a faixa 9, Remember, uma pequena escorregada, Pray é um disco excelente e tem tudo para ser o mais bem sucedido da sua carreira, depois de Believe. JCB – 9,0

Faixas:
1. When Darkness Fall
2. Left The Ground
3. Alone
4. Pray
5. Sleeping Solution
6. Just Words
7. Burning Bridge
8. Have You Ever
9. Remember
10. Say Goodbye

LIBRA
Até Que A Morte Não Separe
Sony/BMG – nac.
Parece que a cena nacional começa a se despir de preconceitos, tirar os véus da ignorância e balancear os estilos no custo beneficio com o público. Sendo mais sintético, faltava uma banda Gótica que tivesse o suporte de uma Major, no caso, a Sony/BMG, que cantasse em português e que pudesse atingir o grande público. Sim, pois o Brasil é um dos maiores países na música Dark no mundo, com relação a público. Desde a parte mais Underground, mais concentrada nas regiões metropolitanas, e que curtem mais bandas covers e baladas Open Bar, desde aquela setor mais Gothic Metal, que aprecia mais bandas internacionais e que botam 2 mil pessoas tranqüilo na casas de médio porte, e desde aquela público mais mainstream, que curtem outras coisas, mas que lotam estádios, como nos show do The Cure realizados no Brasil, ou que fazem shows sold out em casas de grande porte para apresentações de Sisters Of Mercy, The Mission, Echo & The Bunnymen e outros estilos paralelos. O ponto em comum entre os três tipos de público é o pouco valor dado e pouca procura para as bandas nacionais. As mesmas, além de serem poucas, têm pouco suporte até de gravadoras pequenas, quanto mais das maiores. No entanto, agora com o projeto Libra a coisa pode mudar. O fato de cantarem em português, para se fazer sucesso aqui se mostra a escolha mais acertada. Para se cantar Heavy Metal, seria um suicídio comercial, mas para um estilo mais mainstream e que pretende atingir um público mais Pop (visto que a casta mais subterrânea só quer saber de Open bar e dançar EBM), foi a melhor escolha. Até porque, embora Emo e Gótico não tenha nada a ver, a molecada pode se identificar, pois ambos têm letras tristes, desilusão com a vida e falam também amores perdidos e crises existenciais. O visual, a proposta e a atitude são diferentes, mas a estética musical se torna semelhante entre o Libra e este público mais novinho. E antes que alguém ache as letras bregas, basta traduzir letras de 90% das bandas de Gothic Rock, Gothic Metal e Doom Metal e verá que eles falam as mesmas coisas. O Libra lembra muito o Imago Mortis nas partes cantas em português dos veteranos cariocas, que são muito mais densos, pesados e dramáticos do que o Libra, que por si, lembra, carrega e está mais perto do clássico Zero, também carioca, hoje um grupo Cult e também venerado pelos revivalistas dos anos 80. Indicado para fãs de todas as bandas acima citadas, mais Imago Mortis, My Dying Bride, Paradise Lost e Anathema. Tétrico, dramático, sombrio, moribundo, desiludido e frio. Assim como o signo que dá nome à banda. JCB – 9,0

Faixas:
01. Intro
02. Sangue Frio
03. Eu Sei
04. Desaparecer
05. Âncora
06. Cinderela
07. Eletricidade
08. Na Minha Pele
09. Quando o Mundo Acabar
10. Ninguém Ama Ninguém
11. Passagem
12. Meu Inverno Nunca Vai Ter Fim

SECRET DISCOVERY
Pray
Dynamo – nac.
Este é o terceiro disco destes alemães, que só agora têm um disco seu lançado no Brasil. Pray é de 2004 e só agora sai no Brasil. A banda já lançou um quarto disco Alternate de 2006 e depois disso, encerraram suas atividades, uma pena. Apesar de cantarem em inglês, o disco trás Sieh Nicht Zurück, cantada em alemão, e Une Derniere Fois, cantada em francês. A banda vem da cidade alemã de Bochum, foi fundada em 89, e nestes quase 20 anos, sempre foram ícones do Goth e Dark na cena alemão e do centro europeu. Agora, eles querem ganhar o mundo. Os vocais seguem aquela linha grave, meio Andrew Eldritch (Sisters Of Mercy), Peter Steele (Type O Negative) e Jyrki 90 (The 69 Eyes) e a música segue essa linha mais tradicional, fúnebre, atmosférica e grave. O responsável por estes vocais sombrios é Kai Hoffman. Musicalmente, eles lembram ainda mais Fields Of The Nephilin, bem como os vocais de McCoy. Para que não conhece, o Fields Of The Nephilin é uma forma mais Underground do Sisters Of Mercy, calcado em guitarras lascivas e lisérgicas. Interessante que a Alemanha é o país com maior público gótico e o que mais tem bandas do estilo, superando os progenitores ingleses, e que suas bandas são mais inspiradas em Fields Of The Nephilin do que Sisters Of Mercy, Bauhaus ou Joy Division. Down abre bem sinistra, bem Goth Rock tradicional, nesta linha, com teclados fazendo climas frios e gélidos. To The Moon é melodiosa e melancólica, com aqueles vocais graves e fortes, mas limpos. E assim se alternam as faixas, com todos os elementos e influências já citadas. Destaque ainda para a faixa I Turn To You, cover da ex-Spice Girl Mel C. Interessante como essa música na versão Dance original é murcha (nem como Dance ela é uma música forte) e na versão Rock ficou muito melhor. Antes do Secret Discovery, os Hard Rockers do Wig Wam também haviam coverizado esta música, também ficando legal, mas claro, numa versão Hard Rock. Aqui, a versão ficou bem Goth. Bem, como o próprio nome da banda entrega, trata-se de uma secreta descoberta, pois era secreta essa banda para nós brasileiros até então e foi descoberta agora. E continuará assim, já que a banda acabou. Portanto, aproveite e curta! AD – 8,0

Faixas:
01. Down
02. To The Moon
03. Some Of This
04. Sieh Nicht Zurück
05. I Turn To You
06. New Day
07. The Tragedy Within
08. More Than I Love
09. Une Derniere Fois
10. Another Exit
11. Close As You Are
12. Pray

COLLECTION D'ARNELL ANDREA
Exposition Eaux Fortes Et Meanders
Palace Of Worms – imp.
Esta é uma das bandas mais cultuadas pela galera Dark. Exposition Eaux Fortes Et Meanders trás 11 melodias de sensibilidade onde tentam traduzir, através das letras e da música, 11 pinturas do séc. XIX. Pinturas essas, caracterizadas, segundo os próprios da banda como pinturas de tons escuros, céus cinzas. Claro que muitas vezes na músicas, com o advento dos videoclipes, quer se transmitir em imagens, o que é música, assim como é feito no cinema, onde tiram histórias dos livros para as telas. Na maioria das vezes, as pessoas não gostam. Gostam mais dos livros do que seus filmes feitos para eles. E preferem as músicas sem videoclipes, pois, assim como nas escrituras, você pode imaginar e viajar no que quer ver em sua mente sobre o que está lendo ou ouvindo. O interessante que aqui foi feito o caminho inverso e se, quem conhece as obras, que são pouquíssimos, diga-se de passagem, podem não terem gostado, já que não conhece as pinturas, não só vai se deliciar com este disco, como vai querer ver e conhecer estes quadros. Muito se fala em resenhas hoje em dia, classificando e adjetivando como “tons”. Aqui, nada mais apropriado do que isso. Temos aqui algumas faixas em francês, outras em inglês, todas etéreas, com algo de New Age, mas principalmente de Dark Ambient e Dark Folk. Sutileza, melodia, docilidade, obscuridade em músicas feitas para se dançar, se apreciar, fazer rituais, meditar, relaxar, curtir, se emocionar! Em vez de detalhar mais o disco, preferimos fazer uma pesquisa e trazer para você, caro leitor, as obras em questão que a banda se refere, bem como o ano e o pintor de cada uma delas. Ouças as cores das telas! AD – 9,5 

Track list:
1 Les sombres plis de l’âme
2 The monk on the shore
3 Les herbes mortes
4 Les méandres
5 The long Shadow
6 I can’t see your face
7 Les catacombes
8 Into flowers
9 Crowns of golden corn
10 L’eau des mauves
11 The island of the dead

Obras:
1. Les sombres plis de l’âme
inspired by "La neige" (1873)
from Charles-François Daubigny

2. The monk on the shore
inspired by "The monk on the shore" (1809-1810)
from Caspar David Friedrich

3. Les herbes mortes
inspired by "Femmes portant du foin sur une civière" (ca 1874)
from Camille Pissaro

4. Les méandres
inspired by "Crépuscule sur la Loire" (1999)
from Richard Boutin

5. The long Shadow
inspired by "The long shadow" (ca 1805)
from Johann Heinrich Wilhelm Tischbein

6. I can’t see your face
inspired by "Twilight fantasy" (1911)
from Edward Robert Hughes

7. Les catacombes
inspired by "Loire, tristesse des Mânes" (1988)
from Nicolas Mecheriki

8. Into flowers
inspired by "l'Angélus" (1858-1859) and "Le printemps" (1868-1873)
from Jean-François Millet

9. Crowns of golden corn
inspired by "Le rappel des glaneuses" (1839)
from Jules Breton

10. L’eau des mauves
inspired by "Ophélie" (1852)
from John Everett Millais

11. The island of the dead
inspired by "L'île des morts" (1880)
from Arnold Böcklin

CONTRASTE
A Live Coal Under The Ashes
Tesco Germany – imp.
Relançamento de ouro da Tesco Germany. Sim, pois esta banda é uma daquelas obscuras e com status de banda cult. A Live Coal Under The Ashes é o resultado de turnês que a mesma fez durante 1989 pela Europa inteira, de Leste a Oeste. E marca a mudança de foco e conceito musical da banda, para um lado mais político, de acordo com os acontecimentos da época (queda do socialismo, queda do muro de Berlim, fim da União Soviética, libertação de todos seus ex-países, divisão da Iugoslávia, divisão da Tchecoslováquia, fim da Alemanha Orienta, e tudo o mais que você esta careca de saber – tão careca como o próprio Mikhail Gorbatchev). A Live Coal Under The Ashes não vai ser aclamado só pela sua música (resgatada agora com a nova tecnologia), mas pela sua artwork e seu formato digipack, belíssimo. As faixas foram remasterizadas pela Tesco e conta com uma faixa não lançada antes (as famosas unreleased tracks – faixa inédita, mas sem ser nova): Death Follows The One Eyed cow. O disco A Live Coal Under The Ashes é cheio de atmosferas, ambiências, percussão, narrações Dark’s e ritmos diversos. A Live Coal Under The Ashes é poesia em forma de música. A banda foi formada em 1987 e acabou em definitivo em 2000 e foi uma das mais influentes bandas de música experimental, com muita teatralidade e músicas e efeitos eletrônicos. Complexo, original e atemporal.
PR – 8,5

Track list:
1- A Live Coal Under The Ashes (Part 1) (9:23)
2- Breaking The Strawmen (7:01)
3- A Live Coal Under The Ashes (Part 2) (9:29)
4- The Fingers Of My Foot (8:48)
5- An End Marked By Pessimism (9:17)
6- Death Follows The One Eyed Cow (6:29)

BEYOND THE VOID
Gloom Is A Trip For Two
Independente – imp.
Este é o terceiro disco desta banda alemã de Dark Gothic Rock, com algumas pegadas de Gothic Metal. Embora importado, está tendo alguma divulgação aqui no Brasil, bem como promoção e distribuição. Gloom Is A Trip For Two tem 12 faixas em cerca de 50 minutos. Quase todas as faixas são legais, ainda que lembre muito, mas muito mesmo The 69 Eyes (que porventura lembra The Sisters Of Mercy, Type O Negative, etc.). Será que ainda vamos ouvir uma banda nova que não lembre The 69 Eyes, The Sisters Of Mercy e HIM? Mas as faixas são legais, e como ninguém lança Angels  no Brasil, que é a continuação de Devils do The 69 Eyes (e também não é lá essas coisas, já que é o disco mais fraco deles), curta Gloom Is A Trip For Two. O estilo é aquele: vocal grave, baixo e bem grosso, guitarras lisérgicas, músicas que alternam o extremamente lento com o empolgante. E assim vai. Repito, nada original e nada muito bombástico, mas mais um novo nome a permanecer na cena. JCB – 7,0

Track list:
01.Her Dive into Midnight
02.Seductora
03.Faminine
04.Cyanid Eyes
05.Gloom is A Trip for Two
06.Nihilism
07.Let Me Reap
08.Rid of the Earth
09.Hateworld
10.My Life is A Lie
11.Unwanted
12.A Minute Before Dawn

BIONIC ANGEL
Digital Violence
Schwarzdorn – imp.
Este é o nosso primeiro “lote” de materiais enviados pela gravadora alemão Schwarzdorn Records, uma das maiores de seu país e uma das mais representativas na Europa, nos estilos mais frios e sombrios existentes que são o Dark, o Gothic, o Folk, o Doom e o Black Metal. Quem foi que disse que o Dark, o Gothic, o Folk, o Doom e o Black Metal não podem andar juntos? Se ambos tem origens pagãs e longes do cristianismo e ambos são longe das friezas eletrônicas descenessárias? Aqui esta banda celebra uma mistura de Dark e Gothic com Rock e Metal, com algumas bases eletrônicas as vezes, que podem atender aos fãs de Industrial também. O disco é como se fosse uma trilha sonora sombria e macabra. Vocais sombrios, masculinos, graves e limpos. O disco é quase interminável, com 14 faixas, sendo que nem todas são boas. Dez faixas traria um resultado melhor. Isso na minha humilde opinião. Fãs de The Kovenant e Deathstars vai crutir este combo. Digital Violence é a estréia desta banda que faz um estilo alemão-americano numa espécie de Metal Gótico sombrio com uma pitada relacionadas com sons eletrônicos. Eles usam e abusam do visual ao vivo, e as vezes ouvimos (e vemos) algo de Rammstein, mas sem ser tão bombástico nem tão grandioso. Legal que cantam em inglês na maioria das faixas, fazendo serem impulsionados para o mundo todo. Destaques para End Of Days, Burn Down The Witches e Killing Myself Today.
AD – 8,0


Track list:
1. Living a lie
2. End of days
3. Du mein Gott
4. Stars & Dust
5. Burn down the Witches
6. Du (Nur Du)
7. Another day
8. Live to die
9. Transit to hell
10. Pink
11. Bitch like you
12. Killing myself today
13. Clone your soul
14. Revolution X

END OF YOU
Mimesis
Spinefarm – imp.
Este segundo disco dos finlandeses do End Of You traz uma miscelânia de Gothic Rock, Dark Ambient e Gothic Metal. Em muitos momentos, lembra a frieza impiedosa do Lacrimas Profundere, também finlandês e também da mesma gravadora. Seu debut Unreal de 2006, trazia uma banda imatura e ingênua, mas agora eles firmam mais a direção que eles querem seguir. Mesmo assim, de longe a banda soa original, mas as músicas agora são mais legais. Mimesis é bem emotivo, e a atmosfera do Rock Gótico combina com as vozes de Jami Pietilä, com aqueles vocais limpos, mas bem graves. Em certos momentos, lembra aquela emotividade quase Emo Metal, mas que não chega a ser que nem o HIM (em que eles se chamam como Love Metal). Better God é bem tradicional, enquanto Goldeneye é uma versão interessante do homônimo filme da série 007, originalmente feita por Tina Turner. Over And Out é melancólica e também é outro momento Gothic Rock. Number 8 tem uma caída para o Dark Ambient e Dark Wave, bem para as pistas, bem no lado vampírico atual. Este estilo tem muitas bandas na Finlândia e o End Of You vai ter que ralar muito ainda para fazer sucesso em seu país, quanto mais no resto da Europa e para chegar aqui, será difícil. JCB – 7,0

Track list:
1- Better God
2- Memoir
3- You Deserve More
4- Over And Out
5- Paper Trails
6- Procurer
7- Blind Rhythm
8- Driving Down The Void
9- Number 8
10- In Elegance (Closure)

Próxima Página